Independentemente de qual seja o tamanho de seu sonho, muitas vezes, você tem pressa em realizá-lo. Isso é muito comum quando se deseja comprar um novo imóvel, pois, devido aos altos valores necessários para realizar esse investimento, é necessário que o comprador contrate um financiamento imobiliário para que não seja preciso passar anos economizando.
Apesar de útil e, quando feita de maneira correta, trazer bons benefícios, é essencial que você tenha vários cuidados quando for adquirir o seu crédito imobiliário. Dessa forma, será possível evitar alguns erros e, o mais importante, o endividamento, o qual poderá acarretar perda do imóvel adquirido.
Está interessado no assunto e quer entender como funciona? Continue a leitura deste artigo e aprenda um pouco mais sobre o financiamento imobiliário.
O que é um financiamento imobiliário?
É algo comum uma pessoa desejar adquirir um imóvel e não possuir os recursos necessários para efetuar a compra. Quando isso ocorre, uma das maneiras mais rápidas para transformar em realidade esse desejo é realizar a contratação de um financiamento imobiliário.
Basicamente, essa modalidade de crédito se baseia em um empréstimo, em que uma instituição financeira — a qual poderá ser a própria construtora — fornece ao comprador os recursos necessários para que ele realize o pagamento à vista de um imóvel. Em contrapartida, o adquirente deverá sanar sua dívida por meio da quitação de prestações mensais durante um certo período de tempo.
Para que o crédito seja liberado, os bancos exigem do comprador o pagamento imediato de uma parcela do valor do imóvel, a qual é denominada entrada. O montante restante será fornecido pela instituição financeira e será esse valor que constituirá a dívida.
O que engloba a parcela de um financiamento?
Para conseguir tirar melhor proveito de um financiamento imobiliário, uma boa dica é entender o que engloba as parcelas, dessa forma terá uma boa visão do que poderá fazer para baratear o seu empréstimo. Basicamente, a prestação é constituída em três partes: amortização da dívida, juros e taxas adicionais.
A amortização da dívida corresponde à fração da parcela responsável em devolver ao banco o dinheiro emprestado. Sendo assim, será por meio dela que ocorrerá a diminuição do saldo devedor, o qual nada mais é que o valor que ainda se deve à instituição financeira.
Para que um banco libere um certo crédito, ele cobra uma taxa sobre o dinheiro emprestado. Essa taxa é conhecida como juros e é um dos principais fatores que influenciam nos custos totais de um financiamento imobiliário
Cada instituição financeira possui uma taxa própria, sendo que existem vários fatores que a influenciam — como o valor financiado, a renda familiar e, até mesmo, a idade do cliente. Dessa forma, não é errado dizer que quanto maior for o risco para o banco, maior serão os juros cobrado.
Já as taxas adicionais são as tarifas cobradas pelas operadoras de crédito com o intuito de cobrir os custos administrativos e de seguro. É justamente sobre essa taxa que existe uma maior variação entre as instituições financeiras.
Quais são os prazos para a quitação da dívida?
Para conseguir flexibilizar o fornecimento de crédito, é comum as instituições financeiras fornecerem um longo prazo para que o comprador possa pagar o seu financiamento imobiliário. Alguns bancos, como a Caixa Econômica Federal, permitem aos seus credores liquidarem a dívida em até 35 anos.
Entretanto, quanto mais tempo um comprador precisar para quitar o seu financiamento, maior será o valor pago em juros. Dessa forma, ao saldar todas as prestações, ele terá desembolsado o montante de quase três vezes o valor pago pelo imóvel.
Quais são os tipos de financiamento imobiliário?
Atualmente, existem três tipos principais de financiamento imobiliário no Brasil, que são: o Sistema Price, o Sistema SAC e o Sistema Sacre.
O Sistema Price se baseia no pagamento de prestações fixas, sendo que a parcela referente ao pagamento de juros vai diminuindo com o passar do tempo, enquanto o valor relativo à amortização vai aumentando. Entretanto, devido às condições macroeconômicas brasileiras, ele não é muito utilizado por aqui.
O Sistema SAC, que também é conhecido como Sistema de Amortização Constante, como o nome já diz, é um tipo de financiamento em que o valor das amortizações é constante em todas as prestações do financiamento, sendo que os juros variam de acordo com o saldo devedor, resultando em parcelas menores ao longo do período do empréstimo.
Já o Sistema Sacre (Amortização Crescente) é uma mistura do Sistema Price com o SAC, em que o valor das prestações será crescente durante um certo período de tempo, sendo que, ao chegar até um determinado ponto, elas começarão a ter seu valor diminuído. Assim como ocorre no Sistema Price, no SACRE o valore referente às amortizações aumentam ao passar do tempo, enquanto o custo dos juros abaixa.
Como escolher um financiamento imobiliário?
É bom lembrar que as condições de um financiamento imobiliário não são as mesmas para todos os tipos de pessoa. Como os juros oferecidos pelas instituições financeiras são calculados de acordo com o risco do empréstimo, eles são influenciados pelo preço do imóvel, do valor que será pegado emprestado, da renda e da idade do solicitante.
Dessa forma, antes de escolher um banco para fazer o seu financiamento imobiliário, o primeiro passo será ir nas principais operadoras de crédito e pesquisar quais serão as condições oferecidas. Além das taxas de juros, é fundamental saber também o Custo Efetivo Total (CET), que engloba todas as despesas ao financiamento. Nela estão inclusos os juros, taxas administrativas e de seguro.
Tendo em mãos o CET de cada banco, agora basta apenas comparar as taxas e optar pela mais barata. No entanto, especialistas sugerem que, pelo fato do financiamento exigir um relacionamento longo com a instituição financeira — que poderá chegar a 35 anos —, é essencial escolher uma que ofereça um bom atendimento. Dessa forma, quando ocorrer algum imprevisto, você saberá que terá as suas dúvidas sanadas.
Quais são as melhores opções ofertadas?
Imagine a seguinte situação: você tem 35 anos e deseja financiar um imóvel de R$ 960 mil, dando 30% desse valor como entrada. Nessas condições, os principais bancos brasileiros fornecem um CET que varia de 10,89% a 13,71%. Nessa simulação a Caixa Econômica Federal oferece o crédito mais barato.
Entretanto, de acordo com o Reclame Aqui, que é um portal especializado nos direitos do consumidor, esse é um dos piores bancos para se fazer negócio. Em contrapartida, o Bradesco é o banco que possui a melhor nota no portal, porém, apresenta um dos financiamentos mais caros, oferecendo um CET de 12,52%.
No entanto, conforme já citado, as condições do financiamento imobiliário ofertadas pelas instituições financeiras variam de acordo com o perfil do solicitante, sendo assim, pode ser que você consiga condições melhores do que essas.
Caso você tenha gostado dessas dicas, deixe um comentário nos dizendo o que você fará para comprar o seu próximo imóvel. Valorizamos muito a sua opinião!