Nos últimos anos, uma série de fatos têm tornado mais difícil a aquisição de um imóvel por parte de quem não dispõe do capital para fazer o pagamento à vista. Diante desta situação, o consórcio imobiliário tem se apresentado como uma opção que pode ser viável para alguns casos.
Veja nesse post quando vale a pena buscar o consórcio imobiliário.
Alternativa aos juros altos e à restrição ao crédito
Com as taxas de juros altas e o financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) para imóveis usados limitado em 50% do valor do imóvel, o consórcio imobiliário tem se apresentado como uma alternativa que pode ser interessante para determinados perfis de compradores. Para fazer a avaliação, é preciso compreender alguns fatos:
Com funciona?
Como qualquer outro, o consórcio imobiliário faz a entrega de uma carta de crédito para o consorciado, que será usada na aquisição de um bem — no caso, um imóvel. O tempo de duração dos consórcios varia entre 10 e 15 anos, ao longo dos quais a carta de crédito pode ser retirada por meio de um lance ou se o consorciado for sorteado. Se ela não sai desta forma, somente será entregue com o encerramento do grupo, no final do período de duração.
Quando vale a pena?
Se você prefere deixar de lado a expectativa do sorteio, um consórcio imobiliário vale a pena em três circunstâncias. Primeiro, se você já tiver em mãos um percentual bastante significativo do valor da carta de crédito, é possível dar um lance vencedor, o que lhe dará acesso ao dinheiro do consórcio em prazo mais curto.
A segunda possibilidade também exige dinheiro, para que você possa entrar em um grupo já em andamento. Para tanto, você terá que pagar à vista todo o montante equivalente ao período já decorrido desde o início do grupo, mais o valor acumulado referente à taxa de administração e, eventualmente, algum valor a mais que o dono da cota queira cobrar como luva. É claro que quanto maior for o tempo já decorrido desde o início do grupo, maior será o valor a ser pago.
No terceiro caso, o consórcio é interessante para quem não precisa do imóvel em curto espaço de tempo e que pode esperar até que a carta de crédito seja entregue no final do período contratado. Esta é uma situação interessante, por exemplo, para quem pensa em investimentos em imóveis ou faz planos para adquiri-los para os filhos ainda pequenos.
Vantagens
Uma das grandes vantagens do consórcio é a falta de burocracia na aquisição. Qualquer pessoa pode entrar e permanecer no grupo, desde que mantenha os pagamentos em dia. Além disso, o consórcio ajuda a pessoa a fazer uma espécie de poupança forçada, o que é útil para quem não tem uma boa disciplina financeira. Ainda, como só é cobrada a taxa de administração, você não paga juros, o que é uma vantagem relativa, considerando que você teria que compará-la com o quanto renderia uma aplicação financeira qualquer ao longo do mesmo período.
Também vale ressaltar que, com a carta de crédito em mãos, você terá o dinheiro para pagamento à vista, o que é sempre interessante em uma negociação.
Desvantagens
A grande desvantagem, como já vimos, é ter que esperar o encerramento do grupo, caso você não retire a carta de crédito por sorteio ou não tenha dinheiro para dar um lance vencedor.
Também é preciso considerar que as parcelas sofrem reajustes anuais pelo INCC, enquanto no financiamento as parcelas podem ser decrescentes, se você optar pela tabela SAC. Ainda, vale mais uma vez destacar que, se por um lado, o consórcio não cobra juros, por outro ele também não lhe remunera pelo valor que você entrega mensalmente à administradora. Aquele valor servirá apenas para financiar os imóveis que serão adquiridos para os outros consorciados.
Agora que você já tem mais informações para avaliar o consórcio imobiliário, que tal compartilhá-las com os amigos nas redes sociais?