A situação de crise política e econômica pela qual o Brasil vem passando criou uma série de incertezas em todos os segmentos. O mercado imobiliário, um dos setores de maior importância da economia nacional, vem dando respostas variadas, de acordo com cada região do país, com cada cidade e até com cada bairro.
Da mesma forma, variam as respostas que surgem de acordo com cada parcela do mercado, conforme os tipos de imóveis que para elas são direcionados.
Nesse post, vamos verificar como anda a situação de valor de imóveis em BH e quais são as expectativas do mercado imobiliário para este ano.
Entenda as mudanças do mercado até aqui
Até o início dos anos 2000, o mercado imobiliário da capital mineira era bastante acanhado e conservador se comparado com outros tradicionalmente mais dinâmicos, como os do Rio e de São Paulo. Naquela época, dificilmente um lançamento tinha todas as unidades vendidas em curto espaço de tempo e, no geral, levava meses ou até anos para esgotar todas as unidades.
De meados dos 2000 para cá, em decorrência do período bastante positivo da economia brasileira, esta situação mudou drasticamente. Inúmeros empreendimentos de todos os tipos de imóveis foram lançados — desde os mais populares até os mais luxuosos — e muitos tiveram desempenho de surpreender até os mercados mais ágeis.
Naturalmente, esse dinamismo aumentou também o volume de negócios com imóveis usados, promovendo um crescimento intenso das transações, que beneficiou todos os envolvidos com o setor: construtoras, imobiliárias e financeiras.
O aumento no volume de negócios também favoreceu diretamente os compradores, ao aumentar o volume de ofertas e de recursos para financiamento, e os vendedores, que foram beneficiados pelo realinhamento dos preços em patamares mais elevados.
Tudo isso trouxe maior consistência para o mercado belo-horizontino. Uma consistência que permanece até hoje e que se mantém estável.
Analise os efeitos da crise no mercado imobiliário
Após o aquecimento da economia em 2014, relacionada à grande expectativa pela entrada de capital estrangeiro durante a Copa do Mundo, a instabilidade política influenciou o mercado financeiro do Brasil.
Inegavelmente, nos últimos anos, principalmente em 2015 e 2016, como houve em todos os segmentos da economia nacional, o mercado imobiliário passou a sofrer interferências diretas da recessão que se instalou no país.
Inclusive daquelas decorrentes das novas regras de financiamento imobiliário, que diminuíram o volume de crédito.
Neste período, também diminuiu o volume de negócios na capital. Em 2016, foi registrada uma queda próxima a 14%, comparando os nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período de 2014, de acordo com dados da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi).
Em 2017, junto com a melhora na economia, o mercado imobiliário de Belo Horizonte também começou a se recuperar. Em janeiro do ano passado, segundo informações do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), houve um aumento de 52,2% nas vendas de imóveis em Nova Lima e BH, se comparado com o mês anterior.
No segundo semestre, apesar de continuar sentindo os impactos das condições econômicas inconstantes, as vendas ganharam novo fôlego com a ampliação na concessão de financiamento imobiliário e a redução de juros nas linhas de crédito pelos bancos.
Compreenda as alterações no valor de imóveis em BH
Em janeiro de 2016, de acordo com apuração do site Agente Imóvel, o preço médio do metro quadrado na capital era de R$ 5.036. No fim de novembro de 2017, último dado disponível, o valor era de R$5.378. Um aumento de 1,28% em relação ao mês de outubro.
Ainda em novembro do ano passado, para os cinco bairros mais valorizados da cidade, o site registrou os seguintes preços por metro quadrado, com respectivas variações com relação ao mês anterior:
- Savassi — R$11.538 (+0,11%);
- Santo Agostinho — R$10.500 (-1,19%);
- Funcionários — R$10.429 (-0,62%);
- Lourdes — R$10.100 (+0,15%);
- Belvedere — 8.883 (+0,10%);
O índice FipeZap, que monitora o preço de vendas de imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras, registrou queda nominal de 0,53% em 2017, em comparação com o ano anterior. Individualmente, ainda de acordo com a pesquisa, Belo Horizonte teve alta de 4,77% durante o ano passado, mais um dado que demonstra a recuperação do setor.
Explore as mudanças e perspectivas em BH
Como vimos, apesar de também ser atingido pelas turbulências, o mercado imobiliário belo-horizontino é bastante consistente. Ao contrário de outros estados do país, em que as mudanças de preços são mais acentuadas.
Ainda, como é possível verificar pelos dados, as variações que ocorreram de um bairro para outro são consideráveis, inclusive com um indicativo de ligeira alta no Belvedere, na Savassi e em Lourdes.
Também é válido destacar a significativa queda no valor do metro quadrado de imóveis em dois tradicionais bairros da região Centro-Sul de BH, o Santo Agostinho e o Funcionários. Além deles, os imóveis do bairro Anchieta também registraram uma desvalorização de 0,23% em novembro do ano passado.
Expectativa de estabilidade em 2018
Os especialistas estão otimistas e esperam que a inflação reduza e o crescimento econômico aumentedurante o ano. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é que a taxa básica de juros, que atualmente está em 7%, tenha novo recuo em fevereiro e chegue a 6,75%.
O aumento da geração de empregos no país também é um fator que contribui para o reaquecimento do mercado imobiliário. Apesar de ainda atingir mais de 10 milhões de pessoas, existe uma recuperação no número de vagas de empregos formais criadas.
A tendência é que o crescimento de empregos comporte a demanda dos consumos básicos da população que, após esse período, pode voltar a interagir com o mercado imobiliário. Quando o volume de vendas aumentar, é muito provável que os preços dos imóveis voltem a aumentar.
Outro ponto crucial para a recuperação do setor são as eleições presidenciais que acontecerão este ano. Em período de escolha política, o país precisa ponderar as suas estratégias financeiras, o que pode aumentar os investimentos e a confiança dos empresários no mercado.
Saiba se o momento é ideal para comprar ou vender
De fato, os preços mais baixos dos imóveis favorecem os compradores, no que diz respeito à economia na compra. O país ainda não se recuperou da crise econômica, mas a economia e, consequentemente, o mercado imobiliário já dão sinais evidentes de melhora.
Principalmente para quem tem dinheiro para investir à vista, adquirir um imóvel nesse momento pode ser uma excelente oportunidade de negociar e conseguir um preço melhor. Afinal, a desaceleração das vendas aumentou o poder de barganha dos compradores.
Além disso, considerando as expectativas otimistas dos especialistas em relação ao cenário econômico do país, a tendência é que preços dos imóveis voltem a subir. O que torna o período de recuperação da crise um ótimo momento para investir no mercado imobiliário.
Por outro lado, este realinhamento em um patamar mais baixo, ainda que signifique perda com relação a preços passados, também significa maior liquidez, o que favorece quem precisa vender.
Assim, a avaliação do melhor momento da compra ou da venda deve considerar fatores como o valor de imóveis em BH, além da necessidade do comprador e do vendedor. Além de pesquisar sobre as tendências do mercado, obter a ajuda profissional pode ser muito interessante para tomar a decisão de forma mais tranquila.
Esperamos que este artigo tenha ajudado você a absorver mais informações sobre o mercado imobiliário de Belo Horizonte. Deseja iniciar o ano investindo em imóveis com segurança e liquidez? Entre em contato com a Valore Imóveis!