A aquisição de um imóvel próprio continua sendo um grande objetivo de muitos brasileiros, apesar da situação econômica do país. Muitas pessoas, impulsionadas pelo ansiedade em viver este momento tão importante, não se preparam da maneira correta antes de contratar um financiamento e acabam, invariavelmente, pagando o preço pelas más escolhas.
Os relatos de problemas causados por financiamentos mal planejados podem ser encontrados com certa frequência, mas não há motivos para preocupação, desde que você se prepare adequadamente.
Neste artigo, vamos conversar sobre a importância de fazer um planejamento financeiro e apresentar dicas de como se organizar para comprar um imóvel.
Por que um planejamento financeiro é fundamental?
A compra de um imóvel é um marco dos mais importantes na vida de uma pessoa. A empolgação neste momento, portanto, chega a ser compreensível. Todavia, se você vai optar pelo financiamento imobiliário, é preciso levar em conta alguns aspectos que serão determinantes na sua qualidade de vida em médio e longo prazo.
Apesar do fato de que, na maior parte dos financiamentos, o valor das parcelas diminui ao longo dos anos (já que as prestações iniciais são compostas basicamente de juros), quando você cogita a possibilidade de financiar um imóvel, deve ter em mente que a sua renda mensal estará comprometida por um grande período.
Por não avaliar o impacto das parcelas do financiamento nas contas pessoais, muitos enfrentam grandes dificuldades para honrar o compromisso mensal e não são poucos os casos de perda do imóvel por inadimplência.
Em outras palavras, sem um prévio planejamento financeiro, há o sério risco de que o sonho se transforme em pesadelo.
Como se planejar para financiar um imóvel?
Felizmente, há uma série de medidas que podem ser adotadas para pavimentar o caminho para a realização do sonho da compra de um imóvel. Para começar, faça uma avaliação completa de suas receitas e despesas, monitorando de perto todos os gastos.
De posse dos números, verifique quais das despesas podem ser cortadas ou reduzidas e defina uma meta de poupança — um percentual fixo a ser poupado todo mês, que deve ser separado antes do pagamento de qualquer despesa.
O hábito de reservar um valor fixo mensalmente oferece, pelo menos, dois benefícios. Com mais recursos em mãos, é possível dar uma entrada maior, reduzindo o valor financiado. Além, disso, ao limitar o valor disponível para passar o mês, você terá a chance de adaptar o seu padrão de vida para o período após a compra, quando chegarem as parcelas.
Inclua em seu planejamento financeiro a escolha de uma aplicação para investir o dinheiro poupado, que alie segurança e uma rentabilidade que preserve seu poder de compra. Nestes quesitos, os títulos públicos aparecem como boas opções.
Há alguns gastos que não estão incluídos no valor das parcelas e que merecem especial atenção. As despesas com cartórios, por exemplo, pesam bastante no momento da compra. Mudança, reparos, seguro, móveis — tudo deve ser colocado na ponta do lápis. Não se esqueça, por outro lado, dos recursos do FGTS, que podem ser de grande ajuda para reduzir o valor da entrada.
Levando a sério o planejamento financeiro, você terá condições de adquirir um imóvel próprio sem comprometer o seu futuro. Não tenha pressa para fechar negócio. Avalie com cuidado todas as opções e tenha certeza de sua capacidade de pagamento.
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