Com a crise econômica e política que vem afetando o Brasil nos últimos anos, os mais variados setores da economia experimentaram uma desaceleração considerável. Naturalmente, esse cenário afetou as tendências do mercado imobiliário, que apresentou uma diminuição evidente em seu volume de negócios.
Contudo, nos últimos meses, uma série de fatores passou a indicar uma mudança significativa nessa situação. A taxa Selic, por exemplo, vem caindo seguidamente, a inflação está dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, a indústria começa a demonstrar sinais de recuperação e, ainda que lentamente, os empregos estão voltando.
Mas, como será que tudo isso interfere no setor de imóveis? É o que vamos verificar neste post, com especial atenção para o que se anuncia para o mercado imobiliário de Belo Horizonte em 2018. Acompanhe a seguir!
Os reais efeitos da turbulência sobre o mercado imobiliário
Antes de tudo, devemos considerar que o mercado imobiliário não sofreu um momento de pânico real nos últimos três anos. Ainda que com o ritmo muito mais lento, quase parando, as boas construtoras continuaram em atividade. Isso denota que a crise não chegou a criar grandes estragos no setor.
Com relação aos preços dos imóveis, o que ocorreu, na verdade, foi um realinhamento dos valores em um patamar mais baixo do que vinha sendo praticado nos anos anteriores.
De fato, esse realinhamento queimou algum excesso que existia, mas sem indicar uma desvalorização significativa dos imóveis — principalmente se considerarmos um panorama de longo prazo. Vale dizer que esse movimento foi necessário para permitir a permanência de alguma ação no mercado.
De acordo com o Agente Imóvel, especializado em avaliação imobiliária, no bairro Sion, por exemplo, houve uma valorização de 12% no custo do metro quadrado entre junho de 2016 e junho de 2017. Esse fato indica que a atividade se manteve em níveis saudáveis, ainda que localizados.
A situação imobiliária em 2018
Primeiro semestre
O comportamento se manteve até o primeiro trimestre de 2018. Contudo, a partir de abril, o cenário começou a mudar. Ainda que o momento não justifique qualquer euforia, já é possível enxergar os próximos meses com algum otimismo.
Com a dissipação das nuvens pesadas que ainda ameaçam a economia nacional, a reação já começa a surgir em vários setores. Em especial, é possível perceber que o mercado imobiliário está se movimentando, com indícios claros de reaquecimento.
De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o volume de unidades vendidas em Belo Horizonte e Nova Lima em janeiro deste ano foi 52,5% superior ao do mês anterior, indicando a retomada do mercado.
Com a tendência de aumento do volume de vendas, as construtoras já se preparam para novos lançamentos ainda em 2018.
Segundo semestre
Ainda estamos no segundo semestre de 2018, mas já é possível fazer um balanço desse período, se analisarmos o comportamento do setor imobiliário até o momento. Apesar do sentimento de otimismo continuar, não haverá um grande salto nas vendas de imóveis.
Afinal, o mercado imobiliário continuará sentindo o impacto das condições econômicas instáveis de nosso país, que resultam no desemprego, oscilação da taxa de juros e o endividamento das famílias.
No entanto, algumas reações da economia brasileira indicam que o balanço final dos últimos seis meses de 2018 serão mais positivos do que os anteriores. A concessão de crédito imobiliário, por exemplo, está aumentando.
O motivo disso foi um corte de 2%, já no início do segundo semestre, feito pelo governo na taxa básica de juros (Selic) para o financiamento imobiliário. Desse modo, essa taxa alcançou o patamar de 9,25% ao ano. E esse índice continuou caindo.
Atualmente, a média anual está em 7,5%. O efeito dessa queda é que vários bancos entraram na disputa com a Caixa Econômica Federal, que tinha os juros mais baixos do mercado, para oferecer financiamento imobiliário.
Outro fator que clareou o aspecto do setor de imobiliário foi o aumento do teto do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para financiamento de imóveis. Essa notícia foi dada no início do ano e surtiu um bom efeito no aquecimento do setor no segundo semestre.
Unindo esses aspectos positivos, as instituições financeiras ficaram mais confiantes quanto ao futuro. Desse modo, mais pessoas estão tendo acesso ao crédito e, como resultado, as vendas e os novos lançamentos de imóveis começam a surgir.
O mercado imobiliário de Belo Horizonte em 2018
Analisando esses fatos recentes, os sinais são de evidente melhora no mercado imobiliário ainda no segundo semestre deste ano. E, para o ano de 2019, o Governo Federal já deu uma ótima informação.
A linha de crédito pró-cotista, que concede juros de financiamento menores para aqueles que não se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida, será retomada e oferecida pela Caixa Econômica Federal.
Entretanto, é preciso ter em mente que o mercado imobiliário é gigantesco, o que faz com que ele tenha uma inércia maior do que a de outros setores. Em outras palavras, isso significa que os segmentos leves, como os de bens de consumo, devem reagir primeiro.
Contudo, o setor promete passar por uma redução dos estoques remanescentes das construtoras, o que exigirá a intensificação dos lançamentos no próximo ano.
Considerando que há uma demanda reprimida, logo que as necessidades mais imediatas do consumo forem normalizadas o consumidor deve se voltar com maior atenção para o mercado imobiliário em 2019.
A expectativa, portanto, é de uma intensificação do volume de vendas, o que deve novamente pressionar o valor dos imóveis na direção da alta.
Sendo assim, ao que tudo indica, o momento atual se apresenta como o ideal para quem deseja investir em um segmento seguro como o imobiliário. É esse o seu caso? Então, vamos apresentar algumas das tendências para investir em 2019.
Tendências do setor de imóveis em Belo Horizonte para o próximo ano
Belo Horizonte é uma metrópole em constante expansão. Devido à sua importância econômica, ela tem uma grande influência nos indicadores nacionais do setor imobiliário. Por isso, analisaremos algumas áreas do mercado imobiliário dessa região que estão demonstrando crescimento e, por isso, se tornam um bom investimento para o próximo ano. Veja só!
Edificações comerciais
Normalmente, quando uma crise econômica abala o país, a primeira área do setor de imóveis a sentir esse impacto é a de edificações comerciais. Em Belo Horizonte não foi diferente: no início desse ano, o preço da venda desse tipo de imóvel caiu 1,18%.
Contudo, já se nota a reação nesse segmento de imóvel comercial no centro e em outras áreas nobres de Belo Horizonte. O bairro Vila da Serra, por exemplo, vem sendo impulsionado pelo aumento de empreendimentos comerciais de luxo. Algumas propriedades são mais valorizadas do que as do centro da cidade.
Para provar isso, basta ir até a Alameda da Serra, a via mais importante do bairro. Ela já é conhecida como a versão mineira da Rua Oscar Freire, em São Paulo (referência no comércio de alto padrão). Além disso, outros bairros, como Lourdes, Santo Agostinho e Mangabeiras também estão apresentando uma elevação nos preços das edificações comerciais.
Imóveis de luxo
O mercado de imóveis de luxo em Belo Horizonte também está muito otimista. Esse setor específico continuou em crescimento mesmo durante a crise financeira. E, no atual cenário, permanece sendo uma boa oportunidade para quem deseja investir em residências.
Um exemplo do fôlego desse setor é a quantidade de lançamentos imobiliários de alto padrão em bairros como o Luxemburgo. Alguns desses residenciais possuem moradias de 180 m² com extremo conforto e requinte.
Esse ânimo das construtoras tem um motivo: alguns empreendimentos tiveram boa parte de seus imóveis vendidos já no lançamento. Outro bairro que está sentindo o crescimento das construções de luxo é o Savassi.
Por lá, nota-se a abertura de escritórios de diversas construtoras que pretendem, nos próximos meses, anunciar os seus novos lançamentos. Já no bairro Vila da Serra, as empresas do ramo imobiliário comemoram as excelentes vendas que obtiveram nesse ano.
Moradias compactas
Com o crescimento da cidade e a consequente diminuição do espaço urbano, surgiram os apartamentos compactos. Essas moradias têm, em média, 30 m² e são ideais para um público específico que não para de crescer: pessoas solteiras ou casais sem filhos que querem uma moradia prática, confortável e bem localizada.
Apesar de terem um espaço menor, essas residências podem contar com sala de jantar, de TV, terraço gourmet e outras comodidades. Além disso, o morador ainda conta com os serviços disponíveis no condomínio em que está localizado o imóvel.
Engana-se quem pensa que os apartamentos compactos não se encaixam no mercado de altíssimo padrão. Esse mito está sendo derrubado em Belo Horizonte. No bairro Santo Agostinho, que fica na região centro-sul da cidade, por exemplo, foi feito um condomínio de luxo com 106 unidades habitacionais de um ou dois quartos.
O objetivo desse empreendimento é unir as facilidades de uma moradia compacta sem abrir mão do requinte encontrado nos imóveis de alto padrão. Sendo assim, muitos têm optado por comprar esse tipo de imóvel.
Lofts
Uma tendência que vem com força no mercado imobiliário belo-horizontino são os lofts. Geralmente, esse tipo de residência tem uma área de 50 m² e possui cômodos totalmente integrados. A exceção é o banheiro.
Alguns permitem a implantação de um segundo andar chamado de mezanino. Além disso, as instalações ficam à mostra, o que remete à decoração industrial. De fato, é uma moradia bem moderna e muito procurada atualmente.
Na região de Belo Horizonte, há muitas opções de lofts. Alguns deles estão em construção. Se for ao bairro Santa Lúcia ou Lourdes, encontrará lofts ainda na planta, o que permite personalizar a moradia.
Mais algumas tendências do mercado imobiliário
Depois de ler este conteúdo e aprender um pouco mais sobre o tema, separamos mais algumas das mais interessantes tendências do mercado imobiliário. Confira a seguir quais são elas.
Facilidade no crédito imobiliário
Uma vez que o pior cenário da crise econômica brasileira parece superado, há uma tendência de que as instituições financeiras concedam crédito imobiliário com mais facilidade. Se durante o período de turbulência elas buscaram uma maior precaução, parece ter chegado o momento de, ao menos, se aproximar do patamar anterior.
Bancos, financeiras e até construtoras tendem a aumentar o número de negócios, até porque as taxas de juros são muito mais vantajosas para eles e o financiamento de imóveis é um mecanismo muito utilizado para a aquisição de propriedades no Brasil. Se você busca um empréstimo para comprar a sua residência, as possibilidades são ótimas.
Queda na inflação
Também por conta do cenário mais positivo em nossa economia, muitos especialistas afirmam que a inflação sofrerá uma queda interessante nesse ano. E, como resultado disso, os consumidores ganharão maior poder de compra, inclusive no que tange ao mercado imobiliário e as suas unidades.
O segmento da construção civil, diante dessa realidade, deve atrair novos investidores e estimular quem já pensava em adquirir uma casa, um apartamento ou até mesmo um imóvel comercial. Outro benefício da queda da inflação é que as construtoras acabam aproveitando para fazer o lançamento de novos empreendimentos, aquecendo o setor.
Automação domiciliar
Embora talvez você sequer perceba, a automação domiciliar é uma realidade que já se faz presente no dia a dia de boa parte das pessoas. Apesar disso, uma das tendências do mercado imobiliário é que esse uso aumente ainda mais, tornando nossas propriedades mais modernas e tecnológicas.
Com o intuito de atrair mais interessados, as construtoras têm investido em diferenciais para os seus empreendimentos, buscando unir modernidade e sustentabilidade. Isso vai desde os ambientes comuns, com portarias virtuais e sistemas de monitoramento, chegando até as unidades em si, com casas inteligentes.
Os corretores também reforçarão o respeito ao meio ambiente e à natureza, que também serão aspectos que deverão ser valorizados, como a instalação de controle de iluminação e de intensidade das lâmpadas, além do uso racional de água e do aproveitamento das precipitações pluviais para limpeza e jardinagem, por exemplo.
Uso de realidade virtual
Para os mais desavisados, essa tendência pode parecer um pouco como ficção científica. No entanto, o uso de realidade virtual no segmento deve aumentar bastante, trazendo mais comodidade para clientes e para as próprias empresas. Você já imaginou poder visitar uma unidade que ainda nem foi construída?
Pois essa é uma das apostas das construtoras e incorporadoras para atrair mais compradores nos próximos anos. Por meio da tecnologia 3D, é possível criar um tour por empreendimentos residenciais ou comerciais, mesmo os que ainda estão na fase de projeto, oferecendo uma experiência completamente diferenciada.
Os interessados em potencial colocam óculos de realidade virtual e conseguem circular, por exemplo, por uma casa, loja ou um apartamento digital que é idêntico aos que serão construídos. A ideia é atrair não apenas aficionados por tecnologia, mas também mostrar se a unidade atenderá aos anseios do comprador.
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