O número de lançamentos de residenciais está voltando a crescer. Para os que desejam morar em um deles, há um questionamento em comum: qual é a relação entre custo do condomínio e valor do imóvel? De fato, esse é um assunto que gera dúvidas, mas não é complicado de entender.
Por isso, preparamos este artigo para ajudá-lo a compreender melhor essa questão e fazer um bom investimento. Vamos lá!
Como é calculado o valor do imóvel e do condomínio?
Para chegar ao preço de uma moradia dentro de um condomínio são avaliados alguns fatores externos e internos. No primeiro caso, os critérios analisados são:
- a localização do condomínio;
- o acesso fácil a serviços;
- a segurança da região; e
- a infraestrutura do local.
Quanto aos aspectos internos, dá-se atenção:
- ao tamanho do imóvel;
- ao tipo da moradia;
- à localização dentro do condomínio;
- à automação da residência etc.
Por outro lado, para calcular a taxa do rateio do condomínio são somadas todas as despesas fixas do residencial, como salário dos funcionários, gastos com luz, água, gás e os custos administrativos.
Vez por outra, são incluídas na taxa de condomínio algumas despesas eventuais, como uma reforma no prédio, instalação de um equipamento de segurança ou melhorias na área de lazer.
Esses valores, do imóvel e do condomínio, estão relacionados, pois uma moradia será mais valorizada se for localizada dentro de um residencial de alto padrão, e, por ter serviços de excelência, o rateio dos gastos desse condomínio também se elevará.
O que diz a legislação sobre a taxa de condomínio?
A lei do condomínio remonta à década de 60. Registrada com o número 4.591/64, essa legislação estipula que o rateio dos custos do condomínio seja realizado por fração ideal, ou seja, cada morador contribui com um valor proporcional ao tamanho de sua propriedade.
No entanto, a lei n0 10.931/04, no artigo 1.336, acrescentou que a forma como será feito o valor do condomínio pode ser decidida em uma convenção com os moradores. Sendo assim, foram abertas algumas possibilidades.
Por exemplo, além do método fração ideal, existe o custeio por unidade habitacional. Nessa forma de divisão, o preço da taxa de condomínio é calculado de acordo com o número de habitantes de uma residência.
Então, se uma cobertura tem um morador e um apartamento menor tem cinco residentes, esse último arcará com um valor condominial maior, principalmente no que diz respeito as contas de luz, água e gás.
Há ainda outra maneira de calcular a taxa de condomínio, que, para muitos, é a mais adequada: a cobrança híbrida. Nela, a divisão dos gastos ordinários, ou seja, despesas com obras, conservação e manutenção, é feita por unidade, já que beneficia todos os moradores.
Por outro lado, os custos extraordinários, aqueles que agregam valor ao condomínio, podem ser cobrados por fração ideal. Como exemplo, pode-se considerar uma obra no espaço gourmet da área comum de lazer.
Todas essas formas de divisão geram dúvidas. Alguns concordam, outros não, mas o importante é chegar a um consenso para que todos possam ser beneficiados.
Quanto vale a pena investir?
Algumas pessoas ficam assustadas só de pensar no valor que será gasto mensalmente com a taxa de condomínio. Por isso, sua decisão de compra é guiada somente por esse parâmetro, descartando imediatamente imóveis que têm um custo maior com o rateio.
Em vez disso, preferem adquirir um imóvel mais caro em um condomínio com o rateio mais barato. Desse modo, esse grupo deixa de desfrutar de bons serviços que são oferecidos por residenciais com um padrão mais alto. Será que essa atitude faz sentido?
Se pensarmos um pouco, nós chegaremos a uma conclusão interessante. Por exemplo, vamos imaginar que uma pessoa esteja interessada em uma moradia que custa 400 mil reais, mas que possui uma taxa de condomínio de 2.500 reais.
Entretanto, ela encontra outra residência no valor de 600 mil reais, mas com um valor de rateio de 1.500 reais. Talvez o raciocínio dela seja: “apesar de pagar um pouco mais caro pelo imóvel, em longo prazo, vou economizar com o valor mensal do residencial”.
Esse pensamento está correto, porém, há uma alternativa melhor. Digamos que esse comprador escolha a primeira opção. Diante disso, há uma economia de 200 mil reais na aquisição da moradia, certo?
Aplicando esse valor na poupança, com a taxa Selic em torno de 6,4 % ao ano, ele obterá uma média de 1000 reais mensais. Esse dinheiro pode ser usado para completar o valor do condomínio mais caro.
E o que esse comprador ganha com isso? Ele morará em um residencial mais valorizado e com serviços melhores. Como consequência, a sua moradia também sofrerá um aumento de preço em longo prazo, tornando-se um bom investimento para o futuro.
Como analisar as oportunidades?
Para encontrar uma moradia e um valor de condomínio dentro dos seus padrões financeiros e das suas necessidades, é importante pesquisar bem. É claro que um residencial com inúmeros serviços é muito atraente, mas você conseguirá aproveitar todos eles?
Outro aspecto importante é a praticidade das conveniências oferecidas. O ideal é que sejam pensadas de acordo com o perfil de cada morador, do contrário, haverá locais inutilizados que só encarecerão o rateio.
No que diz respeito à moradia, a qualidade do acabamento e dos materiais será um bom indicador para a avaliação dessa aquisição. Além disso, a localização dentro do condomínio é algo muito importante, afinal, uma vista que pode ser agradável para uns pode não ser para outros.
E por fim, é essencial verificar a credibilidade da construtora ou incorporadora, pois uma empresa de renome preza pela qualidade de suas edificações, pela clareza e honestidade durante o processo de compra do imóvel.
Sendo assim, uma pesquisa minuciosa pode ajudar você a descobrir se vale a pena investir em um imóvel mais barato com uma taxa de condomínio maior ou vice-versa. Fazendo assim, você conseguirá tomar uma boa decisão.
Gostou de nosso artigo? Entendeu a relação entre custo do condomínio e valor do imóvel? Então, aproveite leia também sobre como saber se o valor do condomínio é justo.