O setor imobiliário no Brasil viveu um ciclo virtuoso entre 2008 e 2012, com seguidas altas de preço e aquecimento expressivo nas vendas e nos financiamentos. Após essa fase, entrou em ação um período de ajuste, em que os valores se acomodaram e a demanda diminuiu, principalmente em virtude das turbulências econômicas que o país passou a enfrentar. Considerando este cenário, será que é seguroinvestir em um imóvel para alugar, comprar ou vender?
A resposta é sim, e há razões práticas para acreditar nisso. Vamos entender melhor o funcionamento deste mercado, para que você possa tomar as melhores decisões sobre aquisição, venda ou outras operações relacionadas ao segmento.
2016 — um ano promissor para comprar imóveis
Não há sinais claros de recuperação para a economia brasileira no horizonte, o que tem implicações diretas no setor imobiliário. Os preços devem continuar em baixa, propiciando boas opções de negócio para quem deseja investir na compra de imóveis.
De acordo com o Índice FIPE ZAP, responsável por acompanhar o preço médio dos imóveis em 20 cidades do país, o valor médio do metro quadrado subiu 1,32% entre janeiro e novembro do ano passado.
Descontada a inflação, o resultado representa queda real de 7,44% nos preços, justificando ainda mais a atratividade deste tipo de bem. Resumindo, esta é a hora certa para procurar ótimas oportunidades de investimento, desde que você entenda que se trata de um movimento de longo prazo.
Vale a pena vender agora? Nem tanto.
Para quem precisa de liquidez e deseja vender imóveis, o contexto é um pouco mais complicado. Por uma questão de lógica, quando o momento favorece os compradores, é sinal de que vendedores poderão enfrentar condições adversas.
De fato, com a baixa de preços observada atualmente, além da enorme quantidade de imóveis novos à disposição, talvez esta não seja a melhor hora para vender.
Então, por que investir em imóveis?
Imóveis são bens caracterizados pela longa durabilidade e pela demanda permanente: sempre haverá aqueles que desejam adquirir casa ou apartamento próprio, esta é uma prioridade no planejamento de vida da maioria das pessoas. Portanto, é razoável concluir que sempre haverá compradores potenciais, ainda mais considerando o crescimento populacional e o aumento da expectativa de vida em países emergentes como o Brasil.
Ao mesmo tempo, trata-se de uma opção segura de investimento, em comparação a várias outras modalidades, pois, mesmo em contextos de crise e de incerteza, o imóvel constitui um patrimônio sólido, com boa probabilidade de gerar renda.
Quando alguém utiliza o financiamento para obter imóveis para alugar, por exemplo, a receita obtida pode servir para amortizar as prestações ou parte delas. Um ótimo negócio, uma vez que o investimento consegue pagar a si mesmo e possibilita a aquisição de um bem de valor considerável.
Por outro lado, com o agravamento da conjuntura econômica, sabe-se que a concessão de crédito e financiamentos se torna mais escassa. Assim, muitas pessoas acabam sendo obrigadas a adiar o sonho da casa própria — o que aumenta a demanda de consumidores das mais diversas faixas de renda por um imóvel para alugar.
Gostou do texto? Assine a nossa newsletter e receba outros artigos sobre as tendências atuais do mercado imobiliário!