A compra de um imóvel novo pode envolver diversas opções de negócio, como financiamentos, consórcios, pagamentos à vista e a prazo, etc. Cada uma oferece vantagens e desvantagens, dependendo de cada circunstância, mas existe uma outra opção que tem se tornado cada vez mais conhecida: usar um imóvel como entrada para comprar um novo.
Essa negociação pode ser vantajosa para quem tem o imóvel usado e para a empresa que o comprar. Cada vez mais construtoras e incorporadoras estão oferecendo a chance de clientes usarem um imóvel próprio como parte do pagamento de um novo. Por sua vez, o número de interessados nesse tipo de negócio tem aumentado, já que é possível abater boa parte do valor do novo imóvel.
Para fazer, todavia, isso é preciso observar alguns critérios, afinal usar um imóvel para adquirir um novo pode não ser tão vantajoso, e é preciso saber que não é todo imóvel que pode ser usado. Dependendo das propriedades envolvidas, é melhor escolher outra opção para a compra.
Veja abaixo como é possível usar um imóvel como entrada na compra de um novo, quais as vantagens e desvantagens desse negócio e para quem ele é indicado.
Como usar um imóvel como entrada?
Utilizar um imóvel usado na compra de um novo acontece da seguinte maneira: o consumidor entrega a sua casa como parte da entrada de um novo imóvel e financia o resto do valor. Com isso, o restante a ser financiado é menor do que se toda a compra fosse feita com um financiamento. O imóvel usado serve como um valor mais alto de entrada e abate parte do valor do novo.
É importante verificar com construtoras e incorporadoras se elas aceitam essa opção (ou pedir para a imobiliária olhar com o proprietário, caso seja um imóvel particular) e quais são os seus critérios. Além disso, elas vão avaliar o imóvel usado para estipular o quanto que ele poderá financiar do valor do novo.
O comprador deve ficar atento também à diferença entre os valores do usado e do novo, quanto vale o imóvel que já possui e qual seria a diferença a ser financiada do novo, para que não dê um passo maior que a perna.
Após o imóvel usado ser avaliado, o proprietário e a empresa devem entrar em acordo sobre o seu valor e como será feito o pagamento da diferença.
Quais são as vantagens?
Uma das maiores vantagens de usar o imóvel como entrada na aquisição de outro é não lidar com toda a burocracia e demora da venda desse primeiro imóvel. Na venda normal, as constantes visitas de interessados, negociações sobre preços e todas as burocracias necessárias para se fechar a venda consomem muito tempo e paciência por parte do vendedor. Sem contar que o proprietário, muitas vezes, não tem condições de levantar o valor necessário para financiar o valor total de um novo imóvel e consegue fazer isso negociando o seu usado.
Além disso, um mercado imobiliário mais fraco praticamente obriga o vendedor a abaixar o preço do imóvel para conseguir vendê-lo, o que pode deixar seu valor insuficiente para cobrir uma boa entrada ou financiamento de um imóvel novo.
Usando o imóvel na compra de outro, todas essas questões são evitadas. O proprietário ganha mais tempo e poder de compra usando seu imóvel antigo. Ainda é possível ficar nele até a entrega das chaves do novo, o que traz comodidade e segurança.
Também é possível retirar o imóvel usado do negócio a qualquer momento, dependendo das condições estabelecidas com a construtora ou com o proprietário através da imobiliária.
O proprietário pode, por exemplo, vender seu imóvel por um valor melhor e repassar a quantia à construtora ou imobiliária, abatendo um valor maior da nova compra.
Quais são as desvantagens?
A principal desvantagem ao usar um imóvel na compra de outro é que, se a negociação estiver sendo feita com uma construtora ou incorporadora (e não com uma pessoa física intermediada pela imobiliária) o primeiro será avaliado com um valor abaixo do mercado. Ou seja, a construtora ou incorporadora podem pagar menos pelo imóvel (assim como uma concessionária pagaria menos por um veículo usado) do que ele valeria no mercado normalmente.
Isso acontece porque a empresa precisará gastar com a documentação do novo imóvel e pagamento de comissão. Além disso, eles precisam obter lucro com a futura venda dele.
Com isso, o proprietário terá mais facilidade em vender seu imóvel e mais facilidade para abater o valor da compra do novo, mas conseguirá um valor menor do que se fizesse a venda à parte e usasse o dinheiro na compra. Entretanto, vender um imóvel exige tempo e paciência, como já falamos.
Também é preciso atenção às condições do imóvel antigo. Muitas vezes é necessário reformá-lo, mas o custo pode não ser compensado na revenda, o que traz prejuízo.
Para quem esse negócio é indicado?
Se você é proprietário de um bom imóvel, não tem muito dinheiro para abater boa parte do financiamento de um novo e não tem tempo e disposição para vender sua antiga propriedade, usar seu imóvel como entrada na compra de um novo pode ser uma boa estratégia para você.
O negócio será facilitado, já que você terá seu imóvel antigo como uma boa entrada e poderá financiar o restante do valor da maneira que for mais fácil para você, além de poder negociar melhores condições com a imobiliária na intermediação com o proprietário, ou com construtoras e incorporadoras.
É possível que você não consiga o mesmo valor que poderia se o vendesse, porém com certeza terá mais agilidade e menos trabalho. Além disso, é importante ter uma boa reserva para quitar o restante do valor do imóvel novo. Portanto, o ideal é não contar apenas com o imóvel antigo para abater o valor do novo, mas também ter uma boa reserva que dê segurança após a venda.
Mas se você não tem tanta pressa para se mudar, tem condições de levantar o valor necessário para comprar um imóvel novo sem necessariamente se desfazer do antigo e está disposto a esperar e lidar com toda a burocracia da venda de um imóvel, é melhor pensar em outras opções.
A venda pode demorar e talvez seja preciso abaixar o preço para que ela aconteça, mas o valor obtido pode ser maior. Ao invés de usar um imóvel como entrada na compra de um novo, pode ser melhor para você esperar e vender esse imóvel normalmente e, com o valor dele e de outras fontes, comprar um novo.
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